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ARTIGOS E PUBLICAÇÕES

Seu dia-a-dia é uma eterna corrida contra o relógio em que você sempre acaba perdendo. Come e fala rápido demais para não perder tempo e dificilmente tem paciência para esperar a conclusão de um assunto. Há tempos sua família e amigos reclamam sua presença, mas a única coisa na qual consegue pensar é o trabalho. Se algum dos comportamentos acima lhe parece costumeiro, está na hora de puxar o freio. Há uma grande probabilidade de que esteja sofrendo da chamada síndrome da pressa e isso não é um bom sinal.

A pessoa que vive acelerada estimula mais descarga de adrenalina do que realmente necessitaria. Isso faz com que o organismo vá se desgastando e tornando-se mais vulnerável às doenças.

Este padrão de comportamento foi descoberto e relacionado às doenças cardiológicas por dois cardiologistas americanos na década de 60, que começaram a observar em seus pacientes com problemas cardiológicos um determinado padrão de comportamento. Os médicos Friedman e Rosenman classificaram as pessoas em dois padrões de comportamento: Tipo A e Tipo B. A partir daí, perceberam que as pessoas que possuíam o Tipo A de comportamento tinham o mesmo estilo de vida e estavam sofrendo.

O comportamento das pessoas Tipo A era caracterizado principalmente por pressa, impaciência, ansiedade, comer e falar rapidamente, completar as frases de outra pessoa sem esperar que ela conclua seu pensamento, reagir imediatamente quando é impedido de realizar algo com rapidez, mostrar hostilidade, dar muita importância à competitividade no trabalho e ter pouco tempo para os amigos e a família. Além disso, era comum nesse tipo de perfil o hábito de pensar em vários assuntos ao mesmo tempo e realizar duas ou mais atividades simultaneamente. 

No outro extremo estavam pessoas com o comportamento chamado Tipo B. Ao contrário das classificadas como Tipo A, essas tinham como características caminhar com velocidade moderada, não falar de maneira apressada, procurar realizar uma tarefa de cada vez, não interromper a fala do outro, ser mais detalhista no discurso, dividir o tempo entre lazer, trabalho, família e amigos. Em geral, essas pessoas apresentavam uma expressão mais calma e tranqüila.

Estudos  apontaram que aqueles que possuíam o padrão A de comportamento tinham uma predisposição genética para desenvolver a chamada síndrome da pressa. Além da propensão natural, o meio pode influir nesses indivíduos e provocar o desencadeamento do problema. Outra conclusão decorrente da análise dos dois perfis foi a de que muitos dos que pertenciam ao Tipo A eram primogênitos, ou seja, filhos mais velhos.

Apesar da maior tendência dentro do grupo A, os indivíduos que apresentam o Tipo B não estão livres de ficar estressados. Muitas vezes, uma pessoa que possui o padrão de comportamento Tipo B acaba se estressando com a premência de tempo e a exigência imediatista das pessoas de Tipo A. Em contrapartida, o Tipo A acaba se estressando com o Tipo B devido às características opostas. Por exemplo, o Tipo A fica impaciente quando tem que esperar pelo B para terminar uma tarefa. Ele prefere realizar pessoalmente a ter que esperar.