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O Stress não é uma doença, mas uma reação ou uma resposta do organismo, que acontece diante de situações que deixem a pessoa irritada, confusa, amedrontada ou mesmo algo que a faça muito feliz. Essa reação do organismo tem componentes físicos, mentais, emocionais e químicos, ou seja, quando a pessoa está sob stress há uma quebra da homeostase interna.

E este stress pode advir do meio interno, a pessoa pode criar stress, através de seus pensamentos, da ansiedade elevada ou então advir da tensão criada pelas pessoas que são apressadas, que vivem correndo contra o relógio, que tem dificuldade em dizer não. O stress, também pode surgir das pressões externas como, tensões do trabalho, das dificuldades nos relacionamentos interpessoais, da falta de segurança, de dificuldades financeiras, desemprego entre outros. 

Mas, como saber se está estressado ou não? A Dra Marilda Lipp, presidente do Centro Psicológico do Stress, desenvolveu um teste, que indica se a pessoa está estressada, qual sua sintomatologia e em que nível de stress a pessoa se encontra. Deste modo, a pessoa ser avaliada quanto à presença ou não de stress, mas também ela pode perceber sintomas que até então não eram comuns.

O stress possui várias fases alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão.  As pessoas podem ser classificadas de acordo com o quadro sintomatológico identificado. Por exemplo, uma pessoa que se encontra na quase-exaustão pode estar prestes a ter um colapso nervoso. É comum nesta fase aparecer às doenças, o organismo torna-se mais vulnerável a adoecer, principalmente, doenças que a pessoa tenha predisposição a desenvolvê-las, como hipertensão arterial, gastrite, herpes simples e diabetes.  O stress pode ser um desencadeador ou potencializador de doenças, pois ele pode suprimi o sistema imunológico e torna o organismo menos resistente.

Uma pessoa estressada pode provocar stress naqueles que estão ao seu redor, pois a ansiedade elevada, a irritabilidade, a falta de paciência acaba prejudicando seus relacionamentos pessoais e ocorre uma queda na produtividade.

Um funcionário que está estressado pode apresentar falta de concentração, desânimo, tristeza, apatia, irritação, tensão muscular e queda no desempenho profissional. Este quadro é ruim, não somente para a pessoa que está sofrendo os efeitos do stress, mas também para a equipe de trabalho, para a organização como um todo.

Muitas vezes, o funcionário pode estar em um cargo que não se adapta, pode estar insatisfeito com o salário, pode ter dificuldades em lidar com a chefia. É necessário identificar se o stress advém do meio externo ou do meio interno. Será que a empresa que estressa o funcionário, ou ele próprio que cria o stress.

Atualmente, observa-se uma grande concorrência no mercado de trabalho, isto pode ser algo ameaçador para alguém que se encontra empregado, caso essa pessoa comece a pensar, "ah! será que vou ser demitido, pois pode aparecer alguém mais capacitado”, “parece que a Diretoria que inovar”, mas se o funcionário reconhece que, realmente, uma pessoa pode perder o emprego, mas que tentará se esforçar para manter seu emprego, com atitudes positivas, como por exemplo, procurando esclarecer as dúvidas, conversando com as pessoas que tem dificuldade no trabalho, aprofundando seus conhecimentos, atualizando-se, então esta pessoa provavelmente, lidará melhor com o agente estressor "a possibilidade de perder seu cargo". E talvez essa pessoa consiga manter-se no cargo e até melhorar seu desempenho.

Às vezes, o stress pode estar relacionado com a produtividade, quando o nível de stress está elevado ele compromete o desempenho de uma pessoa. 

O stress pode afetar pequenos, médios e grandes empresários, uma vez que dependerá das fontes de stress que estão atuantes, como oscilações no mercado e mudanças políticas, e também, no modo como a empresa lida com as os efeitos do stress, que levam ao absenteísmo e colaboram para o aumento de problemas de saúde de seus funcionários e queda na produtividade. Observa-se que as empresas tem se preocupado em criar programas de qualidade de vida, para administrar o stress, combater o tabagismo, controle da pressão arterial entre outros problemas.

O empresário, chefe, supervisor pode desenvolver programas de gerenciamento de stress através de palestras informativas, para que os funcionários tenham conhecimento do que é stress e quais seus efeitos; pode formar multiplicadores de "combate ao stress", os multiplicadores podem estar inseridos em departamentos, setores de uma empresa e assim podem realizar um trabalho de identificação do stress e o que a empresa pode oferecer para ajudar a gerenciar o stress. Muitas vezes, oferecer tratamento especializado para àqueles que estão sofrendo os efeitos do stress elevado.

 

 

 

Eliana Torrezan Silva

Pós-doutorado em Psicologia

Psicóloga do Centro de Controle do Stress – Unidade Vila Olímpia – SP.